L i c e n ç a d e u s o e x c l u s i v a p a r a P e t r o b r á s S . A . L i c e n ç a d e u s o e x c l u s i v a p a r a P e t r o b r á s S . A .
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Palavras-chave: Cilindro. Gás. Gás combustível9 páginas
NBR 12790
MAR 1995
Cilindro de aço especificado, semcostura, para armazenagem etransporte de gases a alta pressão
SUMÁRIO
1 Objetivo2 Documentos complementares3 Definições4 Condições gerais5 Condições específicas6 Inspeção7 Aceitação e rejeiçãoANEXO -Disposições aplicáveis para cilindros destina-dos à armazenagem e transporte de gás meta-no veicular (GMV)
1 Objetivo
1.1
Esta Norma fixa as condições exigíveis para os cilin-dros de aços especificados, sem costura, para armaze-nagem e transporte de gases a alta pressão.
1.2
Esta Norma é aplicável aos cilindros para gás metanoveicular (GMV) (ver Anexo).
2 Documentos complementares
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:NBR 6006 - Classificação por composição químicade aços para construção mecânica - ProcedimentoNBR 6152 - Materiais metálicos - Determinação daspropriedades mecânicas à tração - Método de ensaioNBR 11725 - Conexões e roscas para válvulas de ci-lindros para gases comprimidos - PadronizaçãoNBR 12176 - Identificação de gases em cilindros -ProcedimentoNBR 12274 - Inspeção em cilindros de aço sem cos-tura para gases - ProcedimentoNBR 12804 - Aprovação de tipo de cilindros de açopara gases a alta pressão - Procedimento
3 Definições
Os termos técnicos utilizados nesta Norma são definidosem 3.1 a 3.7 e na NBR 12176.
3.1 Limite de escoamento
Limite convencional de escoamento, definido naNBR 6152, designado pelo símbolo
τ
e(u)
.
3.1.1
Nesta Norma o índice u é representado por 0,2 etoma a forma t
e (0,2)
.
3.2 Densidade de enchimento
Relação percentual entre a massa do gás contida no cilin-dro e a massa máxima de água a 15
o
C que o cilindro po-de conter a pressão normal.
3.3 Pressão de serviço
Pressão de referência, marcada no cilindro, definida a21
o
C.
Origem: Projeto NBR 12790/1993CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos MecânicosCB-05 - Comitê Brasileiro de Automóveis, Caminhões, Tratores, VeículosSimilares e AutopeçasCB-09 - Comitê Brasileiro de CombustíveisComissão de Estudo Mista de Uso de Gás Metano Veicular (GMV)NBR12790 - Seamless steel cylinder, specified, for high pressure gases storageand transportation - SpecificationDescriptors: Cylinder. Combustible gasEsta Norma substitui a NBR 12790/1993Válida a partir de 02.05.1995Especificação
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2NBR 12790/1995
3.4 Tara
Massa do cilindro vazio, sem válvula e sem o capacetede proteção, compreendendo a carcaça com o colarinhoe o pé, se houver.
3.5 Cilindro repuxado
Cilindro fabricado a partir de um tubo sem costura, noqual o fundo é formado pelo processo de repuxamentogiratório a quente das bordas, com caldeamento.
3.6 Cilindro forjado
Cilindro fabricado por forjamento a partir de um tarugo ouplaca.
3.7 Capacidade nominal de água
Volume de água que o cilindro pode conter a 15
o
C, con-forme previsto no projeto, expresso em litros.
4 Condições gerais
4.1 Classificação
Esta Norma abrange as seguintes classes de cilindros:a)classe 1 - aqueles com capacidade menor ou iguala 450 L e pressão de serviço mínima de 3,2 MPa;b)classe 2 - aqueles com capacidade maior que450 L e pressão de serviço mínima de 3,5 MPa;c)classe 3 - aqueles destinados ao armazenagemde gás metano veicular (GMV), onde o gás é usadocomo combustível no veículo ou, então, para otransporte de gás em cilindros residentes no veí-culo, para abastecimento dos postos de recarga,devendo atender às disposições previstas no Ane-xo.
4.2 Material
4.2.1
Os cilindros devem ser de aço acalmado, de quali-dade uniforme.
4.2.2
A composição química dos aços deve ser a indicadaem 5.1.
4.2.3
Os tarugos para a fabricação de cilindros por forja-mento não podem apresentar bolsas de contração, trin-cas, segregação excessiva ou outros defeitos comprome-tedores depois do seu secionamento.
4.2.4
Os materiais com dobras, fissuras, escamas ou outrosdefeitos comprometedores de sua qualidade não podemser aceitos.
4.2.5
A identificação do material é obrigatória por métodoadequado.
4.2.5.1
As placas e as barras para fabricação de cilindrosforjados devem ser marcadas com o número da corrida eacompanhadas do respectivo certificado de qualidade,fornecido pela usina produtora.
4.2.5.2
Os tubos para cilindros repuxados devem ser tam-bém acompanhados do respectivo certificado de quali-dade, fornecido pela usina produtora, identificados porcores correspondentes ao tipo de aço e número da cor-rida, citados no referido certificado.
4.3 Tratamento térmico
Os cilindros acabados devem receber tratamento térmicoadequado e uniforme antes de serem submetidos aosensaios. O tratamento térmico dos cilindros, com os açosestabelecidos em 5.1, deve obedecer aos seguintes cri-térios:a)todos os cilindros devem ser temperados em óleoou em outro meio adequado, com ressalva do pre-visto na alínea e);b)a temperatura do aço, por ocasião da têmpera,deve ser a recomendada para o tipo de aço esco-lhido, com ressalva de não exceder 954
o
C;c)após a têmpera, os cilindros devem sofrer operaçãode revenimento à temperatura mais indicada paracada tipo de aço;d)a temperatura de revenimento nunca deve ser in-ferior a 538
o
C, com ressalva do previsto na alí-nea h);e)os cilindros fabricados com aço tipo 4130X, emvez de sofrerem o tratamento térmico descrito nasalíneas a), b), c) e d), podem ser apenas norma-lizados a uma temperatura de 899
o
C. Os cilindrosnormalizados desta forma não precisam ser reve-nidos;f)todos os cilindros temperados em água ou outrolíquido, permitindo uma velocidade de resfriamentosuperior a 80% da velocidade de resfriamento emágua, devem ser inspecionados por partículasmagnéticas ou líquido penetrante, para detectar aeventual presença de trincas de têmpera. Qualquercilindro da classe 1 (ver 4.1) que apresentar trincasde têmpera deve ser rejeitado e não pode ser re-cuperado;g)os cilindros da classe 2 (ver 4.1) que apresentaremtrinca de têmpera podem ser reparados e aceitos,se após ensaio posterior da área reparada, porultra-som ou partículas magnéticas ou líquido pe-netrante, não for detectada a presença de defeitose forem respeitados os requisitos desta Norma, noque tange à espessura remanescente;h)aços do tipo 1541X podem ser revenidos emtemperatura não inferior a 621
o
C e, após tratamen-to térmico, cada cilindro deve ser submetido aoensaio de partículas magnéticas para detectar apresença de trincas de têmpera. Os cilindros comtrincas devem ser rejeitados e destruídos.
4.4 Fabricação
4.4.1
Os cilindros devem ser fabricados por processos eequipamentos adequados.
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NBR 12790/19953
4.4.2
As carepas e sujeiras provenientes da fabricaçãodevem ser removidas.
4.4.3
Não são permitidas fissuras ou outros defeitos quepossam enfraquecer a espessura da parede do cilindro.
4.4.4
A superfície do cilindro deve ser razoavelmente lisae com acabamento uniforme.
4.4.5
É permitida a eliminação de defeitos de superfície,desde que a espessura da parede não fique menor que apermitida, após a remoção do defeito.
4.4.6
Nos cilindros não são permitidos soldas de qualquertipo.
4.4.7
A rosca para fixação da válvula deve obedecer àNBR 11725.
4.4.8
A rosca para fixação do capacete, quando houver,deve ser W 80 x 1/11.
4.4.9
As válvulas dos cilindros, cuja capacidade nominalde água for maior ou igual a 10 L, devem ser efetivamenteprotegidas por capacete, contra eventuais danos.
4.4.10
Para a formação de um lote de até 200 cilindros,podem ser fabricados até mais dois cilindros, com exce-ção para 6.2.4.1 e 6.2.4.2, do mesmo aço, diâmetro nomi-nal, espessura, projeto, e sujeitos ao mesmo tratamentotérmico. Os comprimentos destes cilindros num lote detratamento térmico podem variar até 12%.
4.4.11
A ovalização máxima permitida do cilindro deveser de ± 2% do seu diâmetro.
4.4.12
O desvio de perpendicularidade do cilindro em rela-ção à vertical deve ser de no máximo 1% do comprimen-to.
4.5 Tolerâncias da capacidade nominal de água
A capacidade real de água pode variar numa tolerânciade ± 2% do valor da sua capacidade nominal.
4.6 Espessuras
4.6.1
Para cilindros com pressão de serviço inferior a6,2 MPa, a tensão na parede deve ser menor ou igual a164 MPa. A espessura mínima da parede deve ser de2,5 mm para qualquer cilindro com diâmetro superiora 130 mm.
4.6.2
Para cilindros com pressão de serviço igual ou maiorque 6,2 MPa, o valor mínimo de espessura de parede, namenor pressão de ensaio especificada, deve ser tal, quea tensão na parede seja igual ou menor a 67% do valorlimite mínimo de resistência à tração do material, comodeterminado pelo ensaio de tração da presente Norma e,também, não ultrapasse 480 MPa.
4.6.3
A espessura do fundo do cilindro, sob nenhuma con-dição, deve ser menor que duas vezes a espessura míni-ma calculada para as paredes do cilindro.
4.6.3.1
A espessura de 4.6.3 é medida dentro do círculoformado pelos pontos de contato com o solo, quando ocilindro estiver em posição vertical.
4.7 Cálculo da tensão e da espessura da parede
4.7.1
A tensão na parede é calculada pela equação:
τ
1222 2
P (1,3 D 0,4 d)D d
=+−
Onde:
τ
1
=tens
ã
o m
á
xima admiss
í
vel na parede, em MPaP=press
ã
o de ensaio hidrost
á
tico, em MPaD=di
â
metro externo, em mmd=di
â
metro interno, em mm
4.7.2
A espessura m
í
nima da parede, em mm, para umadada tens
ã
o m
á
xima admiss
í
vel,
é
determinada pelaequa
çã
o:e
m
í
n.
=D21 -- 1,3 P+ 0,4 P
1
τ τ
1
4.7.3
Para os cilindros da classe 2, definidos em 4.1, devemser consideradas as exig
ê
ncias de 4.7.3.1 a 4.7.3.4.
4.7.3.1
Supondo um cilindro sustentado, em posi
çã
o hori-zontal, apenas nas duas extremidades, e com uma cargacorrespondente ao peso da parte cil
í
ndrica de
á
gua com-primida na press
ã
o de ensaio, a soma de duas vezes atens
ã
o m
á
xima nas fibras inferiores, devido
à
flex
ã
o, maisa tens
ã
o longitudinal nestas fibras, devido ao ensaio hi-drost
á
tico, n
ã
o deve ultrapassar 80% do limite de escoa-mento m
í
nimo do a
ç
o a uma tens
ã
o m
á
xima, isto
é
:2
τ
fl m
á
x.
+
τ
≤
0,8
τ
e(0,2)
4.7.3.2
Se necess
á
rio, a espessura da parede deve seraumentada para levar em considera
çã
o a exig
ê
ncia de4.7.3.1.
4.7.3.3
A tens
ã
o longitudinal m
á
xima, causada pela flex
ã
o,
é
calculada pela equa
çã
o:
τ
fl
=MCJ
Onde:
τ
fl
=tens
ã
o causada pela flex
ã
o, em MPaM=momento fletor (WL
2
)/8, em (N.cm)W=peso unit
á
rio, em N/cm, do cilindro cheio d
’á
guaL=comprimento de cilindro, em cmC=raio d/2 de cilindro, em cmJ=momento de in
é
rcia = 0,04909 (D
4
- d
4
)(cm
4
)D=di
â
metro externo, em cmd=di
â
metro interno, em cm
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4NBR 12790/1995
4.7.3.4
A tens
ã
o longitudinal m
á
xima, devido
à
press
ã
ode ensaio hidrost
á
tico,
é
calculada pela equa
çã
o:
τ
=A x PA
12
Onde:
τ
=tens
ã
o longitudinal causada pela press
ã
o deensaio, em MPaA
1
=
á
rea interna da se
çã
o transversal do cilindro,cm
2
A
2
=
á
rea de parede met
á
lica, na se
çã
o transversaldo cilindro, em cm
2
P=press
ã
o de ensaio hidrost
á
tico, em MPa
4.8 Marcação
4.8.1
Cada cilindro
é
marcado por estampagem vis
í
vel epermanente na calota superior.
4.8.2
A marca
çã
o em cada cilindro deve conter:a)o n
ú
mero desta Norma;b)a classe do cilindro, quando o cilindro for da clas-se 2;c)a press
ã
o de servi
ç
o;d)o tipo do a
ç
o e tratamento t
é
rmico;e)o processo de fabrica
çã
o, quando forjado;f)a identifica
çã
o do cilindro e do fabricante;g)a capacidade real de
á
gua;h)a tara;i)o
ó
rg
ã
o de inspe
çã
o ou inspetor; j)a data do ensaio hidrost
á
tico de fabrica
çã
o.
4.8.2.1
A marca
çã
o da press
ã
o de servi
ç
o
é
feita pela in-dica
çã
o do valor num
é
rico desta press
ã
o, em MPa.
4.8.2.1.1
O cilindro, quando forjado, deve receber a marca-
çã
o deste processo com a estampagem da letra F, ap
ó
s on
ú
mero desta Norma.
4.8.2.2
No caso dos cilindros da classe 2, a refer
ê
nciaconsiste em estampar a letra X ap
ó
s o n
ú
mero desta Nor-ma.
4.8.2.3
A marca
çã
o da identifica
çã
o do cilindro
é
feita pelaindica
çã
o do n
ú
mero de s
é
rie de fabrica
çã
o, em seguida
à
marca
çã
o da identifica
çã
o do fabricante, que pode serindicada pela sua sigla ou logotipo.
4.8.2.3.1
No lugar do n
ú
mero de s
é
rie, pode ser estampa-do o n
ú
mero do lote de at
é
500 cilindros, desde que estestenham o di
â
metro externo igual ou menor que 51 mm eque sua capacidade nominal de
á
gua n
ã
o ultrapas-se 1 L.
4.8.2.4
A marca
çã
o do n
ú
mero do tipo do a
ç
o, conforme aNBR 6006, deve ser feita apondo-se a este n
ú
mero umaletra para tratamento t
é
rmico, sendo:a) N, para normaliza
çã
o;b) T, para t
ê
mpera e revenimento;c) R, para recozimento.
4.8.2.5
A marca
çã
o da capacidade nominal de
á
gua deveser feita at
é
o d
é
cimo de litro.
4.8.2.6
A marca
çã
o da tara deve ser feita at
é
o d
é
cimo dequilograma.
4.8.2.7
A marca
çã
o do
ó
rg
ã
o de inspe
çã
o ou do inspetorrespons
á
vel pela aceita
çã
o do cilindro deve ser a estam-pagem de sua sigla ou logotipo.
4.8.2.8
A marca
çã
o da data do ensaio hidrost
á
tico de fabri-ca
çã
o deve compreender a estampagem do n
ú
mero dom
ê
s e da dezena do ano, separados por uma barra.
4.8.3
As marcas do n
ú
mero do tipo de a
ç
o, tratamento t
é
r-mico, capacidade real de
á
gua e tara podem ser apostasem locais de acordo com o usu
á
rio, desde que na calotasuperior do cilindro.
4.8.4
A marca do
ó
rg
ã
o de inspe
çã
o ou do inspetor e adata do ensaio hidrost
á
tico devem ser estampadas emposi
çã
o que haja espa
ç
o suficiente para marca
çõ
es futu-ras referentes aos ensaios subseq
ü
entes, conforme anorma pertinente.
4.8.5
Todas as marcas estampadas devem ter altura m
í
-nima de 6 mm, admitindo-se exce
çã
o apenas no caso decomprovada falta de espa
ç
o.
4.8.6
Qualquer outra marca deve ser aposta no colarinhoou na calota superior, em posi
çã
o diametralmente oposta
à
s marcas indicadas em 4.8.2.
Nota: De acordo com o espa
ç
o, a disposi
çã
o da marca
çã
o exi-gida em 4.8.2 deve ser como indicada no exemplo a seguir:Marca
çã
o de um cilindro fabricado de acordo com estaNorma, por forjamento para uma press
ã
o de servi
ç
ode 15 MPa de a
ç
o 4130 normalizado, fabricado pela firmaYZ, com o n
ú
mero de s
é
rie de fabrica
çã
o 2747,inspecionado pela empresa (I), em dezembro de 1982.A sua capacidade nominal de
á
gua
é
de 50,0 L e sua tara
é
de 71,0 kg:15 MPa NBR 12790 FYZ 2747 I 12/824130N 50,0 L 71,0 kg
5 Condições específicas
5.1 Composição química dos aços
A composi
çã
o qu
í
mica dos a
ç
os deve ser conforme asTabelas 1 e 2.